quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Diário de Campo

O diário de campo é um documento de suma importância no cotidiano da intervenção profissional, pois, proporciona aos profissionais a oportunidade de sistematizar de forma resumida as ações profissionais diariamente. Além disso, este documento se apresenta como fundamental para obtenção de dados, que posteriormente poderão ser analisados, pois ao permitir a sistematização da intervenção profissional desenvolvida pelos Assistente Sociais e estudantes no processo de investigação sobre a realidade social dos sujeitos; esses dados se transformam em documentos pessoais do profissional. Esse documento não deve se restringir somente a meras observações e agendamento de tarefas. Ele transcende este processo, pois, pode conter as reflexões do cotidiano da atuação profissional, articuladas a dimensão teórica e a uma crítica da realidade. Isto posto, este documento pode ser impulsionador de avanços na intervenção profissional. Diário de campo: notas sobre o seu significado O Diário de Campo deve ser organizado segundo Falkembac : 1) Descrição, sistematizar de forma superficial os fatos narrados pelos usuário no decorrer do atendimento, 2) Interpretação do observado: é importante explicitar, conceituar, observar e estabelecer relações entre os fatos e as consequências e 3) Registro das conclusões preliminares das dúvidas, imprevistos, desafios tanto para um profissional específico e ou para a equipe, quanto para a instituição e sujeitos envolvidos no processo. Dinamizando a documentação Esta dimensão diz respeito a como sistematizar de forma objetiva os dados do cotidiano da intervenção profissional do Assistente Social. Assim, podemos apontar como dinamizador, o detalhamento da atuação, ou seja, do atendimento prestado ao usuário. É importante ressaltar que vários aspectos da vida deste usuário não necessariamente precisam ser expostos no documento, apenas o necessário para que possa ser sinalizado quais atitudes o profissional deverá realizar. Ao realizarmos entrevistas com professores das disciplinas de Orientação e Treinamento Profissional da Escola de Serviço Social, podemos perceber que em relação ao diário de campo e os alunos em estágio, foi apontado a dificuldade de articular a teoria crítica com as informações disponibilizadas no documento elaborado por esses alunos. Neste sentido, apontamos como uma saída a constante educação continuada dos alunos, sempre tentando articular a realidade social e teoria, ou seja, teoria e prática. Quando a atenção está voltada para o momento da documentação da intervenção profissional, precisa-se necessariamente, ir além da mera descrição, bem como devem ser acrescidos a ela novos elementos. Por exemplo, no diário de campo, o detalhamento dos dados do usuário não é tão relevante, mas o é o detalhamento de como o é realizado o seu atendimento. Lewgoy e Arruda (2004, p. 124) destacam que o diário de campo se constitui em uma ponte que estabelece diversas conexões entre teoria-prática/academia- campo de estágio/supervisão. Através dele são evidenciados subsídios para a intervenção crítica no real e para a orientação da ação profissional. As dúvidas e dificuldades devem ser registradas e consideradas como elementos importantes no cotidiano profissional porque conduzem à reflexão e análise que, por sua vez, potencializa a interlocução teórica e o encontro de novos caminhos para a resolução de um problema. O detalhamento da intervenção no diário de campo permite observar e analisar criticamente como se planejam e se executam as ações profissionais, e ainda perceber as dificuldades e limitações do profissional frente ao serviço, como também as limitações do serviço frente às demandas concretas dos usuários. O registro e o detalhamento dos encaminhamentos no diário de campo propiciam um constante re-visitar dos dados, o que contribui para ampliar as ações de modo a aproximá-las da resolução problemas da demanda. No diário de campo pode conter reflexões cotidianas que, quando relidas teoricamente, podem traduzir-se em avanços tanto na intervenção quanto na teoria. Utilizado por diversos profissionais, tanto na antropologia, quanto a educação e outros, não é um documento exclusivo dos Assistente Sociais. Concluindo, não haverá sentido se os profissionais não reconhecerem a documentação como um instrumento fundamental para a consecução e a qualificação das ações profissionais e não a incorporarem na sua rotina. A documentação é dinâmica e flexível e cabe ao profissional adequá-la ao seu cotidiano.

Acessibilidade no bairro da Lapa. Cegos e cadeirantes não tem o seu direito de ir e vir resguardado pelo município.

Nossa intenção é investigar, através de um projeto de pesquisa, as características e implicações das obras para reurbanização/revitalização de toda área central, sobretudo no bairro Lapa, devido aos eventos que a cidade do Rio de Janeiro viverá nos próximos anos, e mostrar se essas obras estão contemplando de forma democrática as pessoas com deficiência, sobretudo, os cadeirantes e os cegos de modo geral. Tendo como foco esse bairro, que apesar de ser considerado uma área de todas as tribos, a partir do que observamos, percebemos a ausência desses atores em toda essa área, o que é chamada a atenção é que este baixo é referência na cidade em cultura, bares dos mais variados, casas de show, teatros entre outros espaços para entretenimento. Nossa justificativa e motivação para a escolha desse tema, é que após nossas observações pelo bairro da Lapa, no primeiro semestre do ano de 2012, percebemos que as obras que estão sendo feitas, não vem contemplando os deficientes principalmente os cadeirantes e cegos, que não vem tratando de forma democrática o acesso à cidade. Esperamos problematizar assim, a maneira como a acessibilidade desses atores é tratada de maneira secundária, e com obras tão pontuais talvez esses usuários continuem sem a garantia de que terão o seu direito de ir vir resguardado.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Delubio, Dirceu e Genoino são condenados




A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber acompanhou o voto do relator, ministro Joaquim Barbosa, e condenou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares pelo crime de corrupção ativa (oferecer vantagem indevida) durante a sessão desta quinta (4) do julgamento do processo do mensalão.
Para ela, há provas de que a antiga cúpula do PT atuou em repasses de dinheiro a políticos aliados com a finalidade de fortelecer a base.de apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional.
“O conjunto probatório deste processo, na minha visão, aponta no sentido da existência de conluio para a corrupção de deputados federais com vistas à obtenção de apoio político. [...] Há indícios que gritam nesses autos”, disse.
A ministra também votou pela condenação de Marcos Valério, acusado de ser o operador do suposto esquema, e seus sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, além do advogado Rogério Tolentino e da ex-diretora das agências de Valério Simone Vasconcelos.
Antes de Rosa Weber, votaram o relator e o revisor, ministro Ricardo Lewandowski. O grupo de Marcos Valério e o tesoureiro do PT foram condenados por ambos os magistrados, mas Lewandowski inocentou em seu voto o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-ministro José Dirceu.
Rosa Weber, assim como Joaquim Barbosa e Lewandowski, inocentou o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, acusado de intermediar repasses ao PTB em troca de apoio ao governo, por falta de provas. Geiza Dias, ex-funcionária de Valério e já absolvida da acusação de lavagem de dinheiro, também foi absolvida pela ministra.
Ainda faltam os votos de sete ministros. Para que um réu seja condenado ou inocentado, são necessários os votos de ao menos seis magistrados – veja como votou cada ministro e o que diz a acusação e a defesa sobre cada réu.
A sessão desta quinta demorou um pouco mais para começar em razão do apagão que atingiu o Distrito Federal. No começo da sessão, três geradores garantiam o fornecimento da energia no STF. Pouco antes das 17h a situação foi normalizada e o tribunal não dependia mais de geradores, uma vez que o fornecimento de energia elétrica já havia se normalizado.

Texto tirado do site:
http://www.correiodoestado.com.br/noticias/delubio-dirceu-e-genoino-sao-condenados_162069/
 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Nota do Comitê Brasil pede veto total ao Código Florestal

      Texto  tirado: wwf.org.br

O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, que reúne mais de 200 instituições, divulgou nota nesta sexta-feira, manifestando sua “profunda indignação” com a aprovação, na Câmara dos Deputados, das alterações no Código Florestal. “A aprovação do relatório do deputado Paulo Piau representa o maior retrocesso na legislação ambiental na história do País”, diz a nota.

O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável manifesta sua profunda indignação com a aprovação do projeto de Código Florestal pela Câmara dos Deputados em 25 de abril. A aprovação do relatório do deputado Paulo Piau representa o maior retrocesso na legislação ambiental na história do País.

Se o texto aprovado pelo Senado já significava anistia aos desmatamentos ilegais e incentivos a novos desmatamentos, os deputados conseguiram o que parecia impossível: torná-lo ainda pior. O texto revisado pela Câmara dos Deputados, além de ferir os princípios constitucionais da isonomia, da função social da propriedade e da proibição de retrocessos em matéria de direitos fundamentais, fere frontalmente o interesse nacional.

Usando hipocritamente o discurso de defesa dos pequenos proprietários, os deputados derrubaram as poucas melhorias que o Senado efetuou e aprovaram um texto que apresenta incentivos reais a novos desmatamentos, inclusive em nascentes e outras áreas de produção de água, ocupações em manguezais (apicuns), e permite benefícios econômicos mesmo para quem continuar a desmatar ilegalmente.

Considerando a inconstitucionalidade do projeto e a contrariedade ao interesse nacional, que trazem perversos impactos na vida de todos brasileiros, confiamos e apoiamos o compromisso da presidenta Dilma de não aceitar anistia a crimes ambientais, redução de área de preservação permanente e incentivos aos desmatamentos, o que só ocorrerá com o Veto Total ao projeto aprovado na Câmara.

Brasília, 26 de abril de 2012
Comitê Brasil em Defesa das Florestas
e do Desenvolvimento Sustentável

terça-feira, 8 de maio de 2012

1º de maio, um confronto com o Estado repressivo



WALDEMAR ROSSI  




No século 19 (anos 1800), a classe operária européia e estadunidense era brutalmente reprimida pela polícia porque reivindicava jornada de trabalho de 8 horas diárias – contra as 12, 15 ou até 18 horas de trabalho nas fábricas. Em pleno século 21, essa repressão continua sendo praticada pelos Estados capitalistas, agora estendidas aos trabalhadores pelo mundo inteiro. As greves e manifestações populares massivas são brutalmente reprimidas na Europa, África, Ásia e Américas, revelando que os Estados burgueses estão cada vez mais a serviço dos interesses do capital, desprezando os mais elementares direitos dos povos. Se não bastasse garantir pela força de leis injustas - portanto ilegítimas - o crescimento da exploração sobre os trabalhadores, ainda colocam todo seu aparato policial e militar para sufocar justos movimentos de contestação contra o desrespeito aos seus direitos inalienáveis. Manifestantes vêm sendo agredidos, presos e assassinados em vários cantos do mundo. A repressão se dá na mesma proporção em que avançam os ataques e a eliminação dos direitos trabalhistas e populares. No mundo do século 21, a barbárie vai sendo implantada ocupando o lugar da justiça e da verdadeira democracia.

No Brasil, as coisas não são diferentes. Apenas se revelam em suas particularidades próprias. A ambição desmedida pela concentração das terras por grandes empresas que visam o agronegócio exportador e a produção do etanol vem ocasionando invasões das áreas indígenas e quilombolas; os jagunços, verdadeiras quadrilhas de bandidos, continuam dizimando as principais lideranças indigenistas, como foi o caso do cacique guarani-Kaiowá, Marco Veron, no Mato Grosso do Sul, assassinado diante de seus filhos. Nos últimos anos, foram constatados 248 assassinatos de indígenas. Quantos ainda são desconhecidos por este Brasil afora? E, o que é rigorosamente absurdo, 423 indígenas estão presos nas cadeias brasileiras, pelo crime de defender suas terras e vidas, enquanto os criminosos e seus mandantes, os empresários, continuam impunes. A Justiça e a Polícia Federal nada ou quase nada fazem para, realmente, investigar, julgar e punir os criminosos. A demarcação das terras indígenas, assim como dos quilombolas (também reprimidos e assassinados), continua letra morta na nossa Constituição.

Comprometido com a FIFA e o COI em garantir as obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas em nosso país, o governo brasileiro, além de bancar a construção desses “elefantes brancos” com dinheiro do orçamento público federal, vai promovendo remoções de milhares de famílias pobres obrigando-as a deixar suas moradias, sem qualquer garantia oficial, sem destino certo. Tudo isto para garantir melhores condições aos turistas que aqui possivelmente desembarcarão, à custa de piores condições de moradia e de vida para o povo. Quando as famílias prejudicadas pelas remoções protestam, governantes colocam suas polícias com todo seu arsenal repressivo para “garantir a ordem” dos interesses das grandes construtoras, financiadoras das campanhas eleitorais dos partidos políticos, governadores, senadores e deputados. A truculência das polícias estaduais e municipais vem ocorrendo com freqüência sobre milhares de famílias que habitam em terrenos devolutos (propriedade do Estado) e que deveriam ser usadas prioritariamente para sua função social, como manda a Constituição brasileira. Fatos como o da expulsão de Pinheirinhos, em São José dos Campos – SP, se dão com freqüência e tal brutalidade que vêm merecendo a condenação até mesmo de setores da mídia burguesa.

A repressão do Estado vem se fazendo presente contra os operários da construção civil que se unem e lutam contra as precárias condições de alojamento, de alimentação e de trabalho, nas obras das barragens que estão sendo construídas na Amazônia. Além das truculentas polícias estaduais, a presidente Dilma colocou a Força Nacional de Segurança para reprimir grevistas (*). A violência oficial vai além e se estende para os habitantes das áreas que serão inundadas expulsando milhares de famílias que ali residem e trabalham há dezenas de anos.

Não se pode ignorar que os responsáveis por tantos crimes são, além dos exploradores das terras urbanas e rurais, os membros dos Três Poderes do Estado, tanto em nível federal, quanto estadual e municipal. Juízes vêm concedendo ordens de despejo em total desrespeito às leis e à própria Constituição, ordenando o uso da força para garantir suas “sentenças”; ministros de instâncias superiores da Justiça são acusados de favorecimento ao capital; presidentes da República se mancomunam com os exploradores e agem como se fossem donos absolutos do país, traindo o povo e a nação; governadores e prefeitos seguem o mesmo caminho; Congresso Nacional e Assembléias Legislativas legislam contra os interesses do povo, em favor das grandes empresas.

A insatisfação pelo caos reinante vem gerando reações de parcelas significativas de trabalhadores do campo e da cidade. É neste clima de insatisfações e de revoltas que celebraremos o 1º de Maio de 2012. As manifestações de caráter classista estarão, em todo o país, denunciando tanta falcatrua e tantos crimes, num amplo movimento de retomada, ainda que modesto, do seu protagonismo em busca de profundas mudanças nas políticas públicas e em defesa dos direitos populares.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Brasil um país de todos!!

27/04/2012 10h01 - Atualizado em 27/04/2012 10h05

23,9% dos brasileiros declaram ter alguma deficiência, diz IBGE

Instituto fez análises com base nos dados do Censo Demográfico 2010.
Migração, nupcialidade, fecundidade também estão no levantamento.

Do G1, em São Paulo
Mais de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter alguma deficiência, segundo dados do Censo Demográfico 2010, divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 23,9% da população do país. A deficiência visual foi a que mais apareceu entre as respostas dos entrevistados e chegou a 35,7 milhões de pessoas. Pelo estudo, 18,8% dos entrevistados afirmaram ter dificuldade para enxergar, mesmo com óculos ou lentes de contato.
No recorte da pesquisa divulgado nesta sexta, o IBGE também analisou dados sobre imigração e migração, nupcialidade, fecundidade e mortalidade infantil, educação, trabalho, rendimento, tipos de domicílios e deslocamento.
saiba mais
O Censo Demográfico 2010 pesquisou as deficiências visual, auditiva, mental e motora e seus graus de severidade, o que permitiu conhecer a parcela da população que é incluída nas políticas públicas específicas. A metodologia considerou os graus de severidade de deficiências das pessoas que responderam “sim, grande dificuldade” ou “sim, não consegue de modo algum”.
Entre as pessoas que declararam ter deficiência visual, mais de 6,5 milhões disseram ter a dificuldade de forma severa e 6 milhões afirmaram que tinham dificuldade de enxergar. Mais de 506 mil informaram serem cegas.
A deficiência motora apareceu como a segunda mais relatada pela população: mais de 13,2 milhões de pessoas afirmaram ter algum grau do problema, o que equivale a 7% dos brasileiros. A deficiência motora severa foi declarada por mais de 4,4 milhões de pessoas. Destas, mais de 734,4 mil disseram não conseguir caminhar ou subir escadas de modo algum e mais de 3,6 milhões informaram ter grande dificuldade de locomoção.
Cerca de 9,7 milhões declaram ter deficiência auditiva (5,1%). A deficiência auditiva severa foi declarada por mais de 2,1 milhões de pessoas. Destas, 344,2 mil são surdas e 1,7 milhão de pessoas têm grande dificuldade de ouvir.
A deficiência mental ou intelectual foi declarada por mais de 2,6 milhões de brasileiros

domingo, 22 de abril de 2012

Trabalho de Campo - Todas as tribos: Acessibilidade


No dia 19 de abril de 2012, o nosso grupo formado por Tainá, André, Keila, Fábio e Lilian, junto com outros alunos do Serviço Social da UFRJ, fomos para a Lapa para um trabalho de campo. Fomos fazer um trabalho de observação para a disciplina de Técnicas Interventivas da professora Rosemere. Passamos por diversas ruas: Travessa do Mosqueira, Rua Joaquim Silva, Gomes Freire, Rua do Lavradio, Avenida Mem de Sá, Rua Augusto Severo e Rua da Lapa.
Entre os diversos temas apresentados para ajudar o nosso trabalho, optamos por observar a acessibilidade a portadores de necessidades especiais. O que pudemos observar é que o que tem sido feito para garantir o acesso a estes cidadãos ainda é muito pouco para garantir total mobilidade urbana. Vimos que nas ruas que passamos que as obras de urbanização ainda não estão terminadas, mas mesmo assim o que pudemos ver rampas mal localizadas, desnível nas calçadas, entulhos espalhados pela rua, falta de acesso a pontos turísticos com a escadaria da lapa, localizada na Rua Joaquim Silva entre outros problemas como mesas de bares espalhados pela calçada.
Portanto, fica nítido aos olhos perceber que há muito a ser feito para garantia de acesso aos portadores de necessidades especiais no bairro da Lapa. Esperamos que sejam feitas obras de forma a atender as demandas desta parcela da população, que necessita muito que sejam feitas as obras necessárias para auxiliar na mobilidade urbana e no direito de ir e vir desses cidadãos e fazer dessa cidade uma cidade para todos/todas.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

"Zorra Total"

 Por Michel Blanco

O concurso para gari no município paranaense de Cambé é uma prova de preconceito embrulhado em burocracia míope. Ao mesmo tempo em que exige do candidato ensino básico completo, cobra conhecimento de questões que parecem extraídas da pauta do "TV Fama". Afinal, por que um gari precisa saber de "Zorra Total", novelas da Rede Globo e Michel Teló?

Possivelmente, um técnico da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), responsável pela prova, acordou num dia daqueles: "Ai, como eu sou bandida!". E topou com outro no mesmo humor: "Ai, se eu te pego!". A prova, que poderia ser o Casseta & Planeta no auge, estava longe de ser fácil. Quem sabe de qual novela participou a cantora Paula Fernandes "antes de se tornar famosa"?

Em sua defesa, a UTFPR declarou que, "em relação às questões que envolveram temas de determinada emissora televisiva, foram extraídas com base em reportagens publicadas junto a Revista Veja" [sic]. Ainda segundo comunicado da universidade, "as questões de atualidades têm por objetivo verificar se o candidato está informado sobre o que está acontecendo no momento, seja o assunto político, econômico, social ou cultural." Se esse é o horizonte dos examinadores, essa "atualidade" é de lascar.

A prova é humilhante, ao reduzir a um apanhado estereotipado a avaliação da capacidade intelectual de candidatos que, se aprovados, ainda enfrentarão a indiferença. Pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgada em janeiro deste ano revelou que 25% dos funcionários que trabalham com limpeza em São Paulo sofrem algum tipo de discriminação. Entre os garis esse número chega a 42%. A queixa mais comum é que são "invisíveis" a maioria das pessoas. Uma realidade que o caso de Cambé contribui para perpetuar.

domingo, 8 de abril de 2012

Informativo do Cress - região 7

PCRJ: o dia de protocolar requerimento administrativo será 19 de abril – O GT composto pelo CRESS e por assistentes sociais de várias secretarias da Prefeitura do Rio decidiu que o dia 19 de abril é mais indicado para, em massa, todos irem à PCRJ protocolar requerimentos exigindo o cumprimento da “Lei das 30 horas”, pois nessa data contaremos com a presença de vários sindicatos reforçando a reivindicação e o ato! Outras informações no site. Mês de Maio – As inscrições para os minicursos serão realizadas de 16 a 30 de abril, direto na página do CRESS-RJ, no link cursos e eventos. Acesso à programação completa no link: http://cressrj.org.br/download/arquivos/Praxis63programacao.pdf II Encontro de Psicólogos e Assistentes Sociais do Campo Sociojuridico: Entraves e Desafios Ético-Políticos da Prática Profissional – O Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) e o Conselho Regional de Psicologia (CRP) de nosso estado realizarão nos próximos dias 19 e 20 de abril, na sede da OAB, seccional Rio, a segunda edição do encontro. As inscrições serão feitas diretamente no CRP, pelo telefone (21) 2139 5439 ou pelo e-mail eventos@crp.org.br. Para ter acesso a toda programação clique aqui: http://cressrj.org.br/download/arquivos/filipeta_frente_verso.jpg 28ª Reunião “DIREITOS HUMANOS SEM UTOPIA” – A reunião, organizada pelo EMERJ, será realizada no próximo dia 12 de abril, das 9 às 12 horas, no Auditório Antonio Carlos Amorim, Palácio da Justiça (Avenida Erasmo Braga, nº 115, 4º andar, no Centro do Rio). Inscrições gratuitas pelo site www.emerj.tjrj.jus.br Mais informações pelo telefone (21) 3133-3380. Dias 5 e 6 de abril não haverá expediente no CRESS-RJ – O Conselho comunica que nos próximos dias 5 e 6 de abril não haverá expediente, nem na sede, nem nas seccionais de Volta Redonda e Campos. Agenda das Comissões Temáticas do CRESS-RJ –Mantendo sua política de democratizar cada vez mais seus espaços de atuação, o CRESS-RJ divulga a agenda de abril das próximas reuniões de suas Comissões Temáticas, todas realizadas na sede do Conselho e abertas a profissionais e estudantes interessados. Clique para acessar a agenda completa: http://www.cressrj.org.br/2noticias_res.php?recordID=1219 Crack e outras drogas – O PROJAD (Programa de Estudos e Assistência ao Uso Indevido de Drogas) oferece três cursos gratuitos para atualização de profissionais interessados nas discussões que envolvem o crack e outras drogas. Os cursos são certificados pela UFRJ. Inscrições: http://www.ipub.ufrj.br/portal/institucional/noticias/item/248-projad-oferece-cursos-certificados-pelo-senad-para-atualiza%C3%A7%C3%A3o-de-profissionais Mestrado e Doutorado em Política Social da UFF – Estão abertas até o dia 15 de maio as inscrições para os cursos de mestrado e doutorado em Política Social da UFF. Consulte: http://www.uff.br/politicasociall. Direitos Humanos, gênero e etnia – Tem início no próximo dia 02 de maio, sempre às quartas-feiras, das 15 às 19 horas, o curso de extensão “Iniciação em Políticas de Gênero e Etnia no campo dos Direitos Humanos”. O curso, organizado pelo PEGGE/UERJ, será realizado na UERJ, no Maracanã. Público alvo: assistentes sociais com atuação na área da assistência social, educação, saúde e empresas. Seleção: análise de currículo. E-mail para contato e envio do currículo: peggecursodeextensao2012@gmail.com IMPORTANTE: Ressaltamos que todos os cursos aqui divulgados são de única e exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

sábado, 31 de março de 2012

A violência contra os idosos


     O Dia Internacional de Combate à Violência contra a Pessoa Idosa, comemorado em 15 de junho, foi marcado por grandes atos, em muitas partes do País. Esta é uma ótima oportunidade para que a sociedade se conscientize sobre o problema e promova discussões que ajudem a mudar um quadro preocupante.
     Atualmente, 15 anos após a edição da Lei de Política Nacional do Idoso e 6 anos após o Estatuto do Idoso, ainda está em fase inicial a adoção de práticas garantidoras dos direitos do idoso no Brasil. Dados do IBGE dão conta que, no Brasil, o contingente de idosos tem crescido de forma acelerada. Estima-se que, até 2020, o País conte com 40 milhões de pessoas acima de 60 anos, passando a ser o sexto país com mais idosos no mundo.
     E, dentre os principais problemas enfrentados pelos idosos, o maior deles é o da violência, que não ocorre somente aqui. No Brasil, hoje, as violências e os acidentes constituem 3,5% dos óbitos de pessoas idosas, ocupando o sexto lugar na mortalidade, depois das doenças do aparelho circulatório, das neoplasias, das enfermidades respiratórias, digestivas e endócrinas. Morrem mais de 13 mil idosos por acidentes e violências por ano, significando, por dia, uma média de 35 óbitos, dos quais 66% são de homens e 34%, de mulheres.
     Cerca de 10% dos idosos que morrem por violência são vítimas de homicídios, sendo que na maioria dos casos, são homens. No Brasil, as informações sobre doenças, lesões e traumas provocadas por causas violentas em idosos ainda são pouco consistentes. Pesquisadores chegam a estimar que 70% das lesões e traumas sofridos pelos velhos não comparecem às estatísticas. Em nosso País, há 93 mil idosos que se internam por ano por causa de quedas (53%), violências e agressões (27%) e acidentes de trânsito (20%).
     Aqui, mais de 95% das pessoas acima de 60 anos estão morando com seus parentes ou vivem em suas próprias casas. Em 26% de todas as famílias, existe pelo menos uma pessoa com mais de 60 anos. Estudos parciais feitos no País mostram que a maioria das queixas dos idosos é contra filhos, netos ou cônjuges e outros 7% se referem a outros parentes.
     As denúncias enfatizam em primeiro lugar abusos econômicos, como tentativas de apropriação dos bens do idoso ou abandono material cometido contra ele. Em segundo lugar, agressões físicas e, em terceiro, recusa dos familiares em dar-lhes proteção. A maioria das violências físicas cometidas pelos filhos está associada a alcoolismo, deles próprios ou dos pais idosos.
     No que concerne à especificidade de gênero, todas as investigações mostram que, no interior da casa, as mulheres, proporcionalmente, são mais abusadas que os homens. E, ao contrário, na rua, eles são as vítimas preferenciais. Em ambos os sexos, os idosos mais vulneráveis são os dependentes física ou mentalmente, sobretudo quando apresentam problemas de esquecimento, confusão mental, alterações no sono, incontinência e dificuldades de locomoção, necessitando de cuidados intensivos em suas atividades da vida diária. Em conseqüência dos maus tratos, muitos idosos passam a sentir depressão, alienação, desordem pós-traumática, sentimentos de culpa e negação das ocorrências e situações que os vitimam e a viver em desesperança.
     Por isso, é preciso reafirmar que falar de violência é fortalecer políticas estabelecidas, por exemplo, pelo Estatuto do Idoso, que queremos ver cumprido cada vez mais. Assim, existem hoje suficientes dispositivos legais e normativos para o enfrentamento da violência, assim como vão se implantando estratégias de proteção como os Conselhos Nacionais e Locais de Direitos dos Idosos, os “SOS – Idoso”, os “Ligue – Idoso” e muitos outros. No entanto, há uma imensa distância entre as leis e portarias e sua implementação. Muitas transformações previstas implicam mudanças de hábitos, usos e costume, portanto, outra mentalidade.
     Além disso, deve ser estimulada a formação de uma verdadeira rede de proteção em todos os municípios, com órgãos como Promotorias do Idoso, Varas do Idoso, Defensorias do idoso, Conselhos de Direitos do Idoso, atendimento domiciliar ao idoso, residência temporária para idosos vítimas de violência, Centro-dia para atendimento de idosos que necessitam de atendimento diário especializado e contínuo, oficina abrigada de trabalho para que o idoso complemente a sua renda, casas-lares, capacitação de cuidadores de idosos e conselheiros, reserva de leitos em hospitais gerais e atendimento especializados nos consultórios dos hospitais públicos, os quais devem possuir médicos geriatras.
     A interlocução entre todos esses órgãos e instituições torna-se essencial para a garantia dos direitos dos idosos, bem como para a inserção nos orçamentos dos recursos necessários para o atendimento das demandas das pessoas idosas. O maior antídoto contra a violência é a ampliação da inclusão na cidadania.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Brinde bem ácido tim tim

Um brinde para mulheres que morrem agredidas.
Um brinde a igreja que é contra o aborto.
Um brinde as crianças que são estupradas pelo pai.
Um brinde as mulheres que conquistaram a sua liberdade e pagam um preço muito caro.
Um brinde as mulheres
Um brinde as mulheres negras,
Um brinde as mulheres negras, mães solteiras, pobre e lésbicas.
Um brinde as mulheres que são espancadas no grito do silêncio.
Um brinde as que não tem orgasmo.
Um brinde as que tem partes de seu corpo decepadas desde a infância como ato cultural.
Um brinde as que usam burcas que oprimem, escondem uma ideologia marcada pelo conservadorismo e machismo.
Um brinde as meninas de dez anos que estão vendendo seu corpo a dez centavo.
Um brinde as contradições do sistema capitalista que mercantiliza as mulheres.
Um brinde as mulheres que morreram na inquisição, consideradas bruxas e conheciam o orgasmo.
Um brinde as líderes negras que foram aniquiladas.
Um brinde as mulheres que não tem o direito a abortar...
Um brinde as mulheres que não tem o direito a engravidar.
Um brinde as mulheres que não sempre trabalharam e não tem direito a reivindicar
Um brinde as mulheres que são latinas americanas, africanas..
Um brinde as mulheres que são a frente de seu tempo .
Um brinde as mídias que colocam as mulheres negras sempre ligadas a cozinha, a trabalho domésticos...
Um brinde as mulheres que ousam mudar.
Um brinde as mulheres que estão no mercado de trabalho, que recebem menos que os homens.
Um brinde as mulheres negras que recebem bem menos que mulheres brancas.
Um brinde as mulheres que são destruídas psicologicamante.
Estou bêbada de tanto ácido.
Morri de overdose.
Tim tim.



¹ Brinde bem ácido foi feito em cima de uma poesia de Leomir Dornellas
 Autora:LILIAN BARBOSA



Questão de Enegrecimento

Então  para questão de enegrecimento, pode-se relatar que esse blog foi construído com um intuito que transceder a atividade acadêmica, passada como tarefa de casa. Nosso blog visa discutir, informar, entreter, combater, questionar, militar, entender,estudar, denunciar,declarar... sobre questões desde a ética profissional e miltância estudantil no Serviço Social, mas ampliando com luta da categoria. Esperamos que esse blog vá além da disciplina e que sirva como mais uma ferramenta de  conhecimento.

Combate as Opressões

Encontro Regional de Estudantes do Serviço Social